Não é tanto a "biografia" dos Doors – ou de Jim Morrison, a que Val Kilmer se "cola" de forma impressionante –, mas a "biografia" de uma geração, que foi a de Oliver Stone. Como nos outros filmes do realizador, Stone faz uma recriação de um tempo que foi o dele, mas uma recriação que surge envolta nos trajes do mito. Cada filme, para Stone, é a catarse de uma experiência traumática pessoal, do próprio realizador, quer tenha sido o Vietname ("Platoon"), o confronto mortífero com a figura paterna ("Nixon") ou, no caso de "The Doors", como no caso de "J. F. K.", a perda da inocência americana.

Ed Wood é um produtor e diretor de filmes trash e ficção científica, que usa da inventividade para fazer frente aos parcos recursos técnicos e orçamentários dos quais dispõe. A história passa-se na década de 1950, quando Ed se envolve com um grupo de atores desajustados, entre os quais estava Bela Lugosi, já em final de carreira.

Se no passado Aleister Bain (Robert Milano, de Velozes e Furiosos 4) foi um autor bastante celebrado, hoje ele passa batido no cenário dos roteiristas de Hollywood. Entregue a bebida e com dificuldades para escrever, ele vive em um hotel de quinta categoria e precisa terminar um roteiro urgentemente para ganhar algum dinheiro. Só que as coisas mudam rapidamente quando Bain se vê no meio de uma trama típica dos filmes noir: ele está no centro da investigação de um misterioso assassinato. A vítima é a esposa de um proeminente político local e isso torna tudo mais complicado. Perseguido por dois investigadores (Danny Glover e Michael Rooker) que não o deixam em paz, Bain acaba usando o caso como inspiração para seu roteiro e percebe que este pode ser melhor trabalho em anos de pouca inspiração. Mas há um problema – ele precisa descobrir o final da história e para isso, solucionar o crime em que acabou envolvido.